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Tatiane Spitzner: o caso que deu origem ao Dia Estadual de Combate ao Feminicídio

Tatiane Spitzner era jovem, advogada, apaixonada pela profissão, com planos, amigos e sonhos. Mas em 22 de julho de 2018, tudo foi brutalmente interrompido. Tatiane foi morta dentro do próprio apartamento, em Guarapuava, no Paraná. O autor do crime: o próprio marido, o biólogo Luis Felipe Manvailer.

A tragédia ganhou repercussão nacional. Não apenas pela brutalidade, mas porque Tatiane era como tantas outras mulheres — educada, bem-sucedida, cercada de amigos — e ainda assim foi vítima da violência doméstica, dentro de casa, onde deveria estar segura.

O crime não ficou escondido

Imagens das câmeras de segurança do prédio mostraram o horror. Tatiane foi agredida, arrastada, impedida de fugir. Minutos depois, caiu do quarto andar. Manvailer foi flagrado tentando limpar marcas de sangue antes de fugir. Ele foi preso horas depois, julgado e condenado a mais de 30 anos de prisão.

22 de julho virou símbolo da luta contra o feminicídio

A morte de Tatiane não passou em branco. O Paraná transformou o dia 22 de julho em um marco pela vida das mulheres. A Lei nº 19.873/2019 criou o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, sancionada pelo governador Ratinho Junior. O objetivo é manter a sociedade vigilante, cobrar ações de proteção e não permitir que mais mulheres sejam silenciadas.

Em Paranaguá, a cidade vai às ruas pela memória de Tatiane

Nesta terça-feira (22), a Prefeitura de Paranaguá se uniu a diversos municípios do estado na 3ª Caminhada do Meio-Dia, uma mobilização popular que faz parte da Campanha Estadual “Paraná Unido no Combate ao Feminicídio”.

A caminhada é um momento simbólico: ao meio-dia, a cidade para para dizer não à violência. A Secretaria Municipal da Mulher convida a população para participar, vestindo roupas brancas ou claras, e levando cartazes de apoio. “É um ato importante para lembrar que o feminicídio é a forma mais grave de violência contra mulheres. Caminhamos para lembrar Tatiane e lutar para que nenhuma mulher tenha seu destino interrompido”, reforça a secretária Daiane Ávila Cristakis.

Os números seguem alarmantes

Mesmo após a lei, o feminicídio segue como um problema grave no Paraná e no Brasil. A maioria dos assassinatos ainda ocorre dentro do próprio lar, cometidos por companheiros ou ex-companheiros.

Tatiane virou símbolo de resistência

Tatiane amava sua profissão, gostava de viajar, sorria com facilidade. Sua história virou símbolo. A cada 22 de julho, ela nos lembra: é preciso reagir. É preciso denunciar. É preciso proteger quem sofre em silêncio.

Não se cale. Denuncie.

Se você souber de algum caso de violência contra a mulher, ligue 180, denuncie. Não espere que outra mulher perca a vida para a sociedade agir.

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