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Síndrome de Guillain-Barré: causas, sintomas e tratamento

A síndrome começa com formigamentos ou uma sensação de fraqueza. Esses incômodos são progressivos e costumam se iniciar pelos membros inferiores (pés e pernas). Com o tempo, eles “sobem” para o tronco, os braços e as mãos

Foto: Olhar Digital

A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca o sistema nervoso periférico do corpo. Geralmente, a síndrome é desencadeada por infecções prévias, sendo identificados diversos agentes como possíveis gatilhos, tais como:

  • Campylobacter, uma das bactérias por trás da diarreia;
  • Zika;
  • Dengue;
  • Chikungunya;
  • Citomegalovírus;
  • Vírus Epstein-Barr;
  • Influenza A (um dos causadores da gripe);
  • Mycoplasma pneumoniae;
  • Enterovírus D68;
  • Hepatites A, B e C;
  • HIV;
  • Sars-CoV-2 (causador da covid-19).

Não há uma relação direta entre a gravidade da infecção e o aparecimento da síndrome. Em nosso país, a síndrome de Guillain-Barré afeta cerca de 1 a 4 pessoas a cada 100.000 habitantes por ano, sendo mais comum na faixa etária dos 20 aos 40 anos, de acordo com registro oficiais.

A infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), acrescenta que a Guillain Barré também está, eventualmente, associada a uma reação vacinal, embora esse efeito colateral seja considerado raro.

Os sintomas mais frequentes da síndrome incluem formigamentos, fraqueza muscular, dor e problemas de equilíbrio e coordenação, conforme o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês). É importante procurar um médico caso esses sinais persistam ou piorem, especialmente se houver dificuldades para se locomover, engolir ou respirar.

O diagnóstico da síndrome depende de exames, como análise do líquido cefalorraquidiano. O tratamento envolve o uso de imunoglobulinas intravenosas e, em casos mais graves, plasmaférese. Após a fase aguda, a reabilitação com fisioterapia, fonoaudiologia e outros tratamentos pode ser necessária.

Todos esses tratamentos estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Fontes: Ministério da Saúde/Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido/André Biernath via BBC NEWS

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