O pinscher Chiquinho, agredido brutalmente com um martelo pela própria tutora, está passando por um processo de recuperação com fisioterapia, medicação e afeto. O incidente ocorreu em Campo Mourão (PR), quando a tutora tentou tirar a vida do cão alegando falta de recursos para tratar seus ferimentos, em julho deste ano.

A Associação dos Protetores de Animais Independentes (PAIS), uma ONG, resgatou Chiquinho e assumiu a responsabilidade pelo tratamento veterinário. Fotos compartilhadas pela ONG nas redes sociais documentam o progresso do animal. Entretanto, devido às agressões, Chiquinho teve um de seus olhos removido durante o tratamento.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apresentou acusações criminais contra a mulher responsável pela agressão. Embora seu nome não tenha sido divulgado, ela foi presa em flagrante e posteriormente liberada para responder em liberdade após uma audiência de custódia. O MP busca a condenação da acusada sob as penalidades da Lei de Crimes Ambientais, podendo resultar em até cinco anos de prisão e multa.

Segundo a explicação da acusada dada ao delegado Saulo de Tarso Cerqueira Baptista Neto, da Polícia Civil, a agressão ocorreu porque o cão foi gravemente ferido após ser atacado por outra cadela recém-adotada. Sem recursos para tratamento ou eutanásia veterinária, a mulher resolveu agir por conta própria.

Para denúncias anônimas de casos de maus-tratos a animais no Paraná, utilize o telefone 181, além do site do Disque-Denúncia. Se o crime estiver em andamento, a orientação é contatar a Polícia Militar pelo número 190.

A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente informa que, até julho de 2023, foram registradas quase três vezes mais investigações por maus-tratos a animais em comparação com o ano inteiro de 2022. Além disso, até o momento, houve 28 prisões realizadas este ano, um aumento de 47% em relação ao ano anterior.

Fonte: g1 PR