O conflito entre Israel e Irã atingiu um novo e perigoso patamar nesta sexta-feira (13), com ataques militares de grande escala e divulgação inédita de imagens de operações secretas do serviço secreto israelense.
De acordo com autoridades de Tel Aviv, o ataque teve como objetivo desmantelar o programa nuclear iraniano e eliminar alvos militares estratégicos. O Irã respondeu com o lançamento de drones, elevando o alerta de guerra na região e no mundo.
OPERAÇÃO COMEÇOU COM ATAQUES INFILTRADOS DO MOSSAD
Antes mesmo do bombardeio aéreo da madrugada, o Mossad, serviço secreto israelense, realizou uma série de operações clandestinas dentro do território iraniano.
Segundo uma fonte da agência Reuters, comandos israelenses implantaram armas guiadas de precisão próximas a sistemas de defesa aérea do Irã e ativaram os dispositivos de forma remota, enfraquecendo as defesas antiaéreas em pontos estratégicos.
Em uma medida considerada rara e simbólica, Israel publicou um vídeo de agentes do Mossad dentro do Irã implantando sistemas de ataque de precisão para destruir as defesas aéreas iranianas. Uma clara mensagem de capacidade e alcance militar.
Entre as ações confirmadas:
- Mobilização de drones de ataque nas proximidades de Teerã, capital iraniana;
- Posicionamento de armamentos de precisão perto de sistemas de mísseis iranianos;
- Uso de tecnologia avançada para desestabilizar radares e defesas antiaéreas.
ISRAEL BOMBARDEIA 100 ALVOS NO IRÃ
Na sequência, mais de 200 aviões israelenses atacaram quase 100 alvos no Irã, incluindo:
- A usina nuclear de Natanz, onde o Irã enriquece urânio;
- Bases militares;
- Um aeroporto estratégico na cidade de Tabriz.
As ofensivas mataram Hossein Salami, comandante da poderosa Guarda Revolucionária Islâmica, e Mohammad Bagheri, chefe das Forças Armadas iranianas. Também foram mortos cientistas nucleares e engenheiros militares.

O IRÃ REVIDA E PROMETE ESCALADA
Em resposta imediata, o Irã lançou cerca de 100 drones contra o território israelense. Até o momento, os sistemas de defesa de Israel conseguiram interceptar os ataques, evitando vítimas ou danos significativos.
O governo iraniano classificou o bombardeio como uma “declaração formal de guerra”, e o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que Israel “vai pagar caro”.
QUAL O OBJETIVO DE ISRAEL?
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou um vídeo logo após os ataques, afirmando que “estamos em um momento decisivo da história de Israel”. Ele disse que a operação pretende deter a ameaça existencial representada pelo Irã e continuará “por quantos dias forem necessários”.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel, o Irã está em estágio avançado para a construção de armas nucleares e poderia produzir ogivas em questão de dias.
CONTEXTO GEOPOLÍTICO: COMO CHEGAMOS AQUI?
O confronto entre Israel e Irã é antigo e multifacetado. O Irã nunca reconheceu o Estado de Israel e apoia grupos considerados inimigos pelos israelenses, como o Hezbollah no Líbano e o Hamas em Gaza.
Nos últimos anos, a tensão aumentou devido ao programa nuclear iraniano. Israel afirma que o Irã está desenvolvendo armas nucleares em segredo, algo que o regime iraniano nega.
O estopim atual se conecta à guerra em Gaza, iniciada em 2023, quando o grupo Hamas atacou Israel, desencadeando uma série de respostas militares em cadeia.

ISRAEL EM ALERTA MÁXIMO
Com o aumento da tensão, o governo de Israel adotou medidas emergenciais:
- Escolas e universidades estão fechadas;
- Hospitais suspenderam atendimentos não urgentes e migraram operações para bunkers protegidos;
- Reservistas foram convocados para reforçar o exército;
- Cidades estão com sirenes de alerta ligadas 24h.
POSIÇÃO DOS EUA E REPERCUSSÃO INTERNACIONAL
Embora o governo israelense tenha declarado que os Estados Unidos não participaram da operação, o apoio histórico entre os dois países faz crescer a preocupação com uma intervenção indireta no conflito.
O presidente americano Donald Trump, que voltou ao poder este ano, afirmou que o Irã precisa “assinar um novo acordo nuclear antes que não sobre mais nada”. Já o atual secretário de Estado, Marco Rubio, declarou que os EUA não têm envolvimento nos bombardeios, mas que observam a situação com “máxima atenção”.

A União Europeia, a ONU e países como China e Rússia pedem moderação e tentam evitar uma escalada que possa levar a uma guerra regional — ou mesmo a um confronto global.
IMPACTOS GLOBAIS: O QUE MUDA PARA O MUNDO?
O Oriente Médio é uma das regiões mais estratégicas do planeta, especialmente por sua produção de petróleo e gás natural. Uma guerra aberta entre Israel e Irã pode causar:
- Alta nos preços dos combustíveis no mundo todo;
- Queda nas bolsas de valores;
- Interrupções no comércio internacional;
- Risco de envolvimento de outras potências militares, como Rússia, China e a OTAN.
Para o Brasil, isso pode significar aumento do custo de vida, com alta nos combustíveis e reflexos na inflação.
UM NOVO CAPÍTULO DE UM VELHO CONFLITO
A operação secreta do Mossad, seguida por um ataque aéreo sem precedentes, marca uma nova fase na relação entre Israel e Irã. A ofensiva foi cuidadosamente planejada e mira diretamente o coração do poder militar e nuclear iraniano.
O Irã promete reagir com força. Israel afirma que está pronto para novos ataques. E o mundo segura a respiração diante de um conflito que, se sair do controle, pode redesenhar completamente o mapa geopolítico internacional.