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Idoso faz 100 anos pede cestas básicas de presente e faz doação a pessoas carentes

O gesto resultou em mais de 50 cestas arrecadadas e, posteriormente, doadas

Foto: Arquivo pessoal

Ao completar 100 anos de vida, Joaquim Alves Moreira, um aposentado com uma trajetória de vida marcada por trabalho árduo e solidariedade, decidiu celebrar seu aniversário de uma maneira especial. Em vez de pedir presentes pessoais, ele solicitou cestas básicas para serem doadas a pessoas carentes da região de Campo Mourão, no centro-oeste do Paraná.

O gesto de Joaquim, que chegou ao Paraná vindo do sertão da Bahia aos 30 anos em busca de melhores oportunidades de trabalho, resultou em mais de 50 cestas de alimentos arrecadadas.

Embora seja uma pessoa tímida e de poucas palavras, ele expressou seu sentimento: “Não queria nada para mim. Fiz de coração”.

A comemoração de seu centenário ocorreu em 22 de julho e reuniu cerca de 200 pessoas, entre amigos e familiares, em um salão da cidade. Os alimentos foram generosamente doados para a Casa de Apoio ao Doente de Câncer de Campo Mourão e para o Albergue dos Franciscanos.

A festa foi a realização de um sonho do aniversariante e contou com um buffet exclusivo para os convidados e uma banda tocando suas músicas preferidas, incluindo sucessos que marcaram sua infância.

A neta de Joaquim, Solange Alves Magalhães, com 48 anos, teve um papel fundamental na organização da festa e sempre tem apoiado seu avô. Segundo ela, Joaquim sempre quis reunir todos para ajudar a arrecadar doações.

“Era o desejo do meu avô. Ele não gosta de receber presentes, então decidimos atender ao seu pedido e pedir as cestas”, conta Solange. Joaquim nasceu e foi criado em Bonito, no sertão baiano, onde trabalhou ao lado de seus nove irmãos, ajudando seus pais na plantação de milho e algodão.

A família enfrentou dificuldades financeiras, e o trabalho na roça não era suficiente para sustentar a casa. Diante dessas circunstâncias, Joaquim tomou a decisão de se mudar para o Paraná aos 30 anos, em busca de uma vida melhor.

Atualmente, Joaquim é aposentado e possui terras em Nova Esperança, no norte do estado, onde arrenda para uma cooperativa da região. Sua história de trabalho árduo e sua atitude solidária na comemoração de seu centenário são exemplos inspiradores de generosidade e empatia para todos ao seu redor.

Fonte: g1 PR

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