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Estudo indica que uso excessivo de maconha está associado a complicações cirúrgicas e morte

Foram observados problemas como derrame, dificuldades respiratórias e problemas renais, em pacientes considerados dependentes da erva, em pós-operatórios

Foto: Exame

O uso excessivo de maconha está vinculado a muitas complicações, após grandes cirurgias eletivas, incluindo coágulos sanguíneos, derrame, dificuldades respiratórias, problemas renais e até morte, de acordo com um estudo recente. A pesquisa foi conduzida por especialistas em anestesiologia, cuidados intensivos e medicina da dor da McGovern Medical School, da Universidade do Texas.

O consumo de maconha afeta negativamente o fluxo sanguíneo no cérebro e no corpo, diminui a respiração e a temperatura corporal, obstrui as vias aéreas, aumenta a pressão sanguínea e a frequência cardíaca, e causa outros efeitos que podem dificultar a recuperação pós-cirúrgica. Estudos anteriores também mostraram que o uso de maconha aumenta a dor após a cirurgia.

O estudo recente é particularmente relevante, considerando que quase 30% dos usuários de maconha desenvolvem dependência, conforme descoberto em análises anteriores. A dependência de maconha é caracterizada por sintomas como desejo por comida ou falta de apetite, irritabilidade, inquietação e dificuldades de humor e sono quando a pessoa para de fumar, de acordo com o Instituto Nacional de Abuso de Drogas.

“Pessoas que começam a usar maconha antes dos 18 anos têm quatro a sete vezes mais chances de desenvolver um transtorno por uso de maconha do que os adultos”, afirmou o instituto em seu site, citando um relatório de janeiro de 2008.

O novo estudo, publicado na quarta-feira (5), na revista JAMA Surgery, analisou relatos do banco de dados National Inpatient Sample de 2016-2019 em 12.422 internações após 11 tipos de cirurgias, não cardíacas, eletivas de grande porte. Mais de 6.200 pacientes tinham transtorno por uso de maconha, e eles apresentaram maior propensão a complicações cirúrgicas, como bloqueios de artérias coronárias, derrame, lesões renais, coágulos sanguíneos, problemas respiratórios, infecções e mortalidade hospitalar.

Os pacientes com transtorno por uso de maconha, também tiveram uma estadia hospitalar mais longa e contas mais altas em comparação àqueles sem o transtorno. Em resumo, o estudo recente destacou as complicações significativas relacionadas ao uso excessivo de maconha, antes de cirurgias eletivas de grande porte, enfatizando a importância da triagem pré-operatória para verificar se o paciente possui o transtorno em decorrência do uso da cannabis.

Fonte: Sandee LaMotte via CNN (texto originalmente em inglês)

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