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Pesquisa mostra que 78,5% das famílias brasileiras estão endividadas; no Paraná são 94,7%

O total de famílias inadimplentes atingiu 29,2%, e 40% delas afirmaram não ter condições de pagar compromissos anteriores. Além disso, o número de consumidores com atrasos superiores a 90 dias também aumentou, atingindo 46% do total de inadimplentes

Foto: Agência Brasil

O percentual de famílias endividadas no Brasil aumentou em 0,2 ponto percentual em junho, atingindo o recorde de 78,5%. Dentre essas famílias, 18,5% se consideram muito endividadas. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Essa elevação interrompeu uma sequência de quatro meses de estabilidade do indicador.

De acordo com a CNC, esse aumento no endividamento reflete o cenário de crescente inadimplência e endividamento na economia brasileira, afetando a capacidade de consumo das famílias. A parcela média da renda comprometida com dívidas registrou o menor percentual desde setembro de 2020, alcançando 29,6%, o que pode ser explicado pela melhora da renda dos consumidores de menor poder aquisitivo.

Em relação à inadimplência, houve um aumento de 0,1 ponto percentual em junho. O total de famílias com dívidas em atraso atingiu 29,2%, e 40% delas afirmaram não ter condições de pagar compromissos anteriores. Além disso, o número de consumidores com atrasos superiores a 90 dias também aumentou, atingindo 46% do total de inadimplentes.

As regiões Sul e Sudeste apresentaram o maior número de famílias endividadas, sendo Minas Gerais o estado com a maior proporção de endividamento (94,9%). Na sequência, ficaram o Paraná, com 94,7%; e o Rio Grande do Sul, com 93,9%. Mato Grosso do Sul teve o menor índice de endividamento do país (59,1%), seguido por Pará (62%) e Piauí (65%). Em todas as faixas de renda, houve um aumento no endividamento no primeiro semestre, indicando uma tendência de alta para o restante do ano.

Segundo a CNC, o mercado de trabalho mais favorável e a melhora na renda disponível não foram suficientes para reduzir a inadimplência dos consumidores com dívidas atrasadas há mais tempo, uma vez que os altos juros continuam sendo um obstáculo para a recuperação financeira.

Em suma, o endividamento das famílias brasileiras atingiu o maior nível da série histórica, enquanto a inadimplência também registrou aumento, destacando a preocupante situação econômica do país.

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