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Prefeito de Pontal propõe mudança no SAMU e gera polêmica no litoral

O serviço do SAMU no Litoral do Paraná está no centro de um debate entre consórcios e gestores públicos. O motivo é a proposta do prefeito de Pontal do Paraná, Rudão Gimenes, de sair do atual consórcio CISLIPA e aderir ao COMESP (Consórcio Metropolitano de Serviços do Paraná), com a justificativa de ampliar e melhorar o atendimento de urgência e emergência na região.

Atualmente, Pontal do Paraná conta com uma ambulância do tipo Bravo, voltada para casos de menor gravidade, e depende da unidade Alfa — de suporte avançado — sediada em Paranaguá. Segundo a proposta defendida por Rudão, a ideia é implantar uma ambulância Alfa em Matinhos, que atenderia também Guaratuba e Pontal, além de incluir uma nova ambulância Bravo para Pontal. Ele argumenta que o COMESP oferece uma estrutura mais eficiente, com cobertura regionalizada, economia de recursos e melhoria na qualidade do serviço.

A proposta recebeu apoio de prefeitos de Matinhos e Guaratuba e já foi apresentada em reuniões com autoridades em Brasília. Entre os benefícios destacados, estão a economia mensal para os cofres públicos e a possibilidade de novos repasses do Governo Federal e do Estado caso a nova unidade Alfa seja credenciada.

Em resposta, o CISLIPA divulgou uma nota afirmando que mantém as contas aprovadas e uma gestão transparente. O consórcio também ressaltou que, mesmo após aumento nos salários dos profissionais do SAMU, conseguiu reduzir despesas e equilibrar as finanças. No entanto, aponta que Pontal, Matinhos e Guaratuba estão com dívidas em aberto, o que impacta diretamente a manutenção dos serviços.

O CISLIPA ainda expressou preocupação com a saída dos municípios, alegando que isso pode fragilizar a organização da saúde regional e dificultar o trabalho conjunto entre os municípios do litoral. O consórcio também criticou a postura da presidente do COMESP, Karime Fayad, alegando que faltou diálogo e que ações como essa prejudicam a cooperação entre os consórcios. Apesar disso, declarou estar aberto a conversas e soluções conjuntas.

A mudança proposta ainda está em processo de análise e articulação. Enquanto isso, o debate segue levantando questionamentos sobre os rumos da saúde pública na região e a melhor forma de garantir atendimento ágil e eficiente para a população litorânea.

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