A Defensoria Pública do Paraná recebeu na sexta-feira (25), uma liminar favorável para um tratamento médico gratuito a Heitor de Souza Novak, um menino de três anos, morador de Pontal do Paraná, litoral paranaense, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
O estado do Paraná tem 15 dias para cumprir a decisão judicial. O defensor público Cassio Antonio Caldart, que cuida do caso, explicou que a falta desse tratamento prejudica a interação de Heitor com o mundo. A família chegou a pagar por um serviço particular em Paranaguá, porém, em virtude da falta de atendimento adequado o desenvolvimento do menino já estava comprometido. O tratamento agora concedido tem um valor estimado de R$ 7.807 mensais e engloba sessões de psicoterapia comportamental, terapia ocupacional e fonoterapia.
Milena de Souza Pereira, 24 anos, e Sérgio Luiz Novak, 30 anos, os pais do garoto, compartilham que a deterioração da saúde do Heitor impactou profundamente a vida familiar. “Cada dia era uma luta para o Heitor devido à ineficácia da medicação e à ausência das sessões de terapia. É angustiante não poder levar seu filho a uma simples pizzaria, lanchonete, ou até mesmo à igreja. Se tivesse sido antes, teríamos desfrutado de momentos assim com ele, mas, infelizmente, essa não é a nossa realidade hoje”, diz a mãe, que também cuida de um irmão de Heitor, com um ano e seis meses, em casa. O pai trabalha como motorista.
Milena também destaca que, mesmo tentando arcar com os custos do tratamento por conta própria, a família não estava certa de conseguir fazê-lo todos os meses. Ao buscarem a Defensoria Pública em Paranaguá, receberam orientação e suporte imediatos, dado o caráter urgente do caso. Aguardando agora o início do tratamento, ela mantém a esperança de que a situação mudará. “Compreendemos que o progresso de uma criança autista depende de uma terapia intensiva. Em breve, graças às terapias adequadas, poderemos desfrutar mais frequentemente de momentos de lazer. Este é o meu desejo”, declara a mãe.
Fonte: Bem Paraná