O ministro Gilmar Mendes, do STF, anulou provas da Operação Hefesto da Polícia Federal, que investiga pessoas ligadas ao presidente da Câmara, Arthur Lira, suspeitas de desviar fundos para comprar kits de robótica para escolas em Alagoas. Mendes concordou com a PGR que argumentou que, devido ao foro privilegiado, o caso deveria estar no STF desde o início, quando documentos indicaram citações ao presidente.
Em junho, Mendes também atendeu ao pedido da defesa de Lira e suspendeu os processos para avaliar se o caso deveria ser no STF devido ao foro privilegiado. A situação estava marcada para ser analisado pelo plenário virtual, mas Mendes decidiu individualmente.
A PF alega que as licitações para os kits de robótica eram frequentemente direcionadas para uma única empresa, com valores inflacionados e quantidade excessiva para escolas. As supostas fraudes aconteceram por emendas parlamentares entre 2019 e 2022, gerando prejuízos acima de R$ 8 milhões.
A denúncia inicial surgiu de uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, indicando que escolas em Alagoas e Pernambuco, algumas sem água ou computadores, estariam entre as beneficiadas.