Após os 40 anos, as mulheres enfrentam um maior risco de doenças cardiovasculares, que aumenta ainda mais com a chegada da menopausa. O hormônio estrogênio, que é protetor do coração, diminui durante esse período, aumentando o risco de desenvolver doenças. Atualmente, cerca de 30% das pessoas que sofrem infarto são mulheres, e no Brasil, mais de 200 mulheres morrem diariamente devido a problemas cardíacos.
Se somarmos problemas cardíacos e cerebrovasculares, como AVC, o número de mortes chega a ser seis vezes maior que as causadas por câncer de mama. Fatores como sedentarismo, estresse, histórico familiar, uso de anticoncepcionais e tabagismo também contribuem para o aumento do risco, segundo a dra. Magaly Arrais, cirurgiã cardiovascular do Hospital do Coração de São Paulo (HCor).
De acordo com a cardiologista, as mulheres estão a cada ano mais expostas ao risco de doenças cardiovasculares, pois cerca de 40% apresentam aumento da circunferência abdominal, mais de 20% fumam, 18% são ex-fumantes, 23% têm seus níveis de pressão arterial acima do preconizado e 21% possuem alteração dos níveis de colesterol.
É essencial que as mulheres monitorem sua pressão arterial, taxa de colesterol e adotem hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos. O estresse contínuo também deve ser evitado, pois pode desencadear problemas cardíacos mais graves. Muitas mulheres ignoram sintomas de doenças cardíacas, como dores nas costas e no estômago, e perdem a oportunidade de obter um diagnóstico rápido. É importante realizar avaliações médicas periódicas, especialmente para aquelas que apresentam fatores de risco.
Começar a cuidar da saúde desde cedo é fundamental, pois os problemas cardiovasculares podem se desenvolver ao longo do tempo. A adoção de hábitos saudáveis ao longo da vida pode prevenir o acúmulo de placas nas artérias. Mulheres que já possuem fatores de risco devem procurar um médico antes dos 30 anos, e após os 40, é recomendado comparecer a consultas periódicas. A partir dos 50 anos, as avaliações médicas anuais são indispensáveis.
Fonte: Maiara Ribeiro via Portal Drauzio Varella